A Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro divulgará, em breve, edital, onde encontraremos vagas para Taquígrafos.
Leia a entrevista abaixo, retirada do site http://concursosemfraude.wordpress.com/2013/06/16/reatando-com-a-moralidade-edital-de-concurso-este-mes/, nela encontraremos informações sobre especialidades, remuneração, quantidades de vagas, dentre outras.
Um abraço!
Profª Caroline Rodrigues
Estudante de Taquigrafia
Licenciada em Letras
Especialista em Gramática e Ensino da LP
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Por Luan Monteiro
Folha Dirigida
O último concurso da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro ocorreu há 29 anos, em 1984. Desde então, a Casa teve dez presidentes, e o atual, vereador Jorge Felippe (PMDB), tem a chance de ficar marcado na história do Legislativo carioca como o responsável pela volta, mesmo que parcial, da moralidade à área de pessoal, devido à contratação pelo mérito.
Em 1999 chegou a ser realizado um concurso, que terminou em fraude, com milhares de candidatos prejudicados, ainda por cima sem receberem a taxa de volta. Em entrevista à FOLHA DIRIGIDA, o presidente Jorge Felippe garante que a seleção, cujo edital está previsto para este mês, será pautada pela ética. “Tenho certeza plena da capacidade da Secretaria Municipal de Administração de realizar o concurso. Há transparência e competência na instituição. Os candidatos podem ter certeza, o concurso será transparente.”Segundo o parlamentar, “a necessidade atual da Câmara é de 170 servidores, mas, infelizmente, a nossa estrutura física atual não permite a contratação de todos em um primeiro momento. Por isso, nos próximos dez dias, uma comissão da Casa trabalhará, junto com a SMA-Rio, para definir o quantitativo de vagas. Mas o edital sairá em junho”.
FOLHA DIRIGIDA – Qual a importância para a Câmara a realização de um novo concurso?
Vereador Jorge Felippe – É muito importante, é fundamental. A Câmara precisa de pessoas com capacidade técnica para ajudar as comissões permanentes. Hoje, temos muitos cargos vagos, sem pessoas qualificadas para prestar adequadamente o serviço legislativo. Com a criação do programa de incentivo à aposentadoria, mais de 200 técnicos se aposentaram, o que reforçou ainda mais a necessidade da realização deste concurso. Infelizmente, neste primeiro momento não podemos contratar a quantidade de servidores que precisamos.
A organizadora já foi escolhida?
Sim, será a Secretaria Municipal de Administração do Rio de Janeiro(SMA-Rio).
O edital já está em elaboração? Quando ele sairá?
O edital saíra este mês, com certeza. Na última semana tivemos uma reunião com o secretário de Administração, Paulo Jobim, para agilizarmos o quanto antes os preparativos da seleção.
As inscrições terão início já em junho? Quando o senhor pretende aplicar as provas?
Essa decisão será da Secretaria Municipal de Administração, todos esses detalhes são eles que definem. Está sendo organizado um encontro entre os técnicos da Câmara e os da SMA-Rio para viabilizar o concurso o quanto antes.
Quantas vagas serão oferecidas?
Houve um estudo pelos órgãos técnicos da Câmara e foi constatado que a necessidade atual é de 170 pessoas. São cargos vagos que serão transformados para atender a necessidade da instituição, mas a Casa não tem instalações suficientes para receber essa quantidade de pessoas. Não há espaço físico. Quando a Câmara foi instalada aqui no Palácio Pedro Ernesto, o número de parlamentares era muito menor. Agora, estamos em um processo de nova sede, nos próximos anos iremos conseguir essa mudança. Então, para atender a necessidade emergencial, já que não podemos preencher as 170 vagas, foi criada uma comissão para fazer esse levantamento imediato. O trabalho da comissão será rápido, para que o edital seja divulgado ainda em junho.
Em que cargos a Casa precisa de pessoal?
Haverá oportunidades para analista legislativo – sem especialização e com especialização: Direito, Contabilidade, Administração, Engenharia/Arquitetura, Taquigrafia, Redação e Revisão, Comunicação Social (Jornalista), Audiovisual, Biblioteconomia, Arquivologia, Medicina, Enfermagem, Assistência Social e Orçamento e Finanças. Serão 82 vagas. Outro cargo de nível superior será consultor legislativo, sem especialização e com especialização: Meio Ambiente, Saúde, Educação, Transporte, Obras públicas, Esporte, Ciência e Tecnologia, Orçamento e Finanças e Direito, são 23 vagas. Para nível médio teremos assistente técnico legislativo, com 50 vagas, e para o médio/técnico, serão 15, para assistente técnico legislativo com especialização em sonorização, fotografia, diagramação, web designer e inspetor de segurança.
Qual será a remuneração?
Os cargos de níveis médio e médio/técnico terão remuneração de R$4.972,24, e os de nível superior, de R$6.197,36, sendo R$1.225,02 de salário, R$12,11 de direito pessoal, R$813,26 de auxílio-alimentação, R$542,16 de auxílio-transporte e R$542,16 de auxílio-saúde. A diferença salarial entre os cargos está no valor da gratificação de dedicação legislativa, que é de R$1.837,53 para o nível médio e de R$2.572,60 para o superior.
Além das vagas imediatas, haverá formação de cadastro de reserva?
Sim, é possível, dessa forma podemos aproveitar o concurso.
Antes de abrir o concurso será necessário criar um novo plano de cargos e salários, já que muitas carreiras deixaram de existir e outras surgiram? Caso positivo, esse projeto já está tramitando na Casa? Quando será votado?
Haverá transformação de cargos. Criaremos alguns, estamos fazendo uma lei, votando essa matéria. O projeto está terminando a redação final. A lei será votada agora em junho e já foi discutida com um conjunto de vereadores.
As convocações serão imediatas? Todos os classificados serão chamados de uma única vez?
As convocações deverão ser imediatas, espero que ainda este ano. Precisamos de pessoas de forma urgente, por isso terei pressa em convocar. Orçamentariamente, nós podemos contratar, a única questão é o espaço físico. Por isso, precisaremos realizar o concurso com um número de vagas reduzido.
Em que mês o senhor pretende iniciar a convocação dos aprovados?
O quanto antes. Quando o curso for homologado, pretendo iniciar as convocações.
Essas vagas suprirão a carência de pessoal? Como esse déficit prejudica o bom funcionamento da Câmara?
As 170 vagas supririam as nossas necessidades. Mas até termos os 170 contratados, precisaremos de outras instalações. Então, o problema é bem maior, mas está sendo tratado. Esse déficit cria muitos embargos, não é que a Câmara não esteja podendo funcionar, estamos suprindo, mas com muitas deficiências. Falta às comissões uma assessoria técnica qualificada, os próprios vereadores cobram.
Além dos cargos de apoio, a seleção também vai contemplar a TV Câmara?
Não, a TV Câmara terá um concurso futuramente, ainda não temos previsão. Estamos em um processo junto ao Congresso para criar uma TV Câmara no Rio de Janeiro, funcionando 24 horas por dia. Quando tivermos a TV própria, iremos reestruturar. O problema será resolvido.
A Câmara possui hoje quantos funcionários? Quantos efetivamente são concursados?
A Casa conta hoje com 710 funcionários efetivos. O número preciso de terceirizados não tenho aqui. Mas não temos terceirizados atuando na atividade-fim. Os terceirizados atuam na limpeza, nos elevadores. E existem os cargos comissionados, que são da confiança do vereador. Na TV Câmara temos, mas serão substituídos.
A Câmara não faz concurso há mais de duas décadas. Na sua visão, a Casa sempre foi utilizada para atender a interesses políticos, tornando-se um cabide de empregos?
Não, até mesmo porque não existe estrutura para isso. O problema da Câmara de Vereadores foi a forma como efetivou os servidores. Alguns foram requisitados de outras cidades e depois se efetivaram. Não necessariamente essas pessoas tinham qualificação técnica para servir à instituição. Ocorreu um inchaço, e uma parcela desses funcionários não tinha qualificação técnica para exercer funções essenciais na Casa.
Até por não realizar concursos há muitos anos, a tendência é que o número de convocados supere a oferta de vagas estipulada em edital?
Hoje, a Casa precisa de 170 servidores, caso seja necessário, convocaremos mais.
O último concurso, realizado em 1999, foi marcado por fraude. Quais as garantias que o senhor pode dar que esta seleção será pautada na moralidade e pela transparência?
Tenho certeza plena da capacidade da Secretaria de Administração de realizar o concurso. Há transparência e competência da instituição. Estava conversando com o presidente do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Thiers Vianna Montebello, que iria realizar o concurso. E ele me disse ‘faz com a Secretaria Municipal de Administração, eles são ótimos, você não terá nenhum problema. Eles realizaram o nosso concurso e hoje temos o melhor corpo técnico do estado’. Então, os candidatos podem ter certeza, o concurso será transparente.
O senhor garante que o edital não trará qualquer tipo de vantagem para os terceirizados, tais como pontuação de títulos exagerada ou exigência de requisitos em que somente alguém que tenha atuado no Legislativo pode possuir?
A Câmara participará da elaboração, mas as decisões técnicas serão da SMA. Eles terão toda a liberdade. Vamos externar o que queremos, o tipo de profissional, nossas dificuldades, mas os critérios de escolha serão da organizadora. Novamente, eles terão toda a liberdade.
A realização do concurso representará mudança nas relações existentes atualmente? Existe um interesse dos vereadores na realização do concurso?
A Câmara será mais profissional, o processo legislativo sofrerá uma transformação, melhorará muito. Todos os vereadores querem o concurso, sentem a necessidade de um apoio técnico. Eles sabem da nossa disposição para realizar o concurso. Todos queremos que os classificados estejam trabalhando até o fim do ano.
Existe a previsão de quantos funcionários irão se aposentar nos próximos meses?
Nós próximos cinco anos perderemos um grande percentual de profissionais.
Com muitas aposentadorias pela frente, existe a intenção de realizar concursos de forma periódica a partir de agora?
Sim, não podemos continuar sem concursos por tanto tempo. Pretendemos realizá-los sempre que necessário. A nova sede também demandará isso.
A realização do primeiro concurso depois de 29 anos será a marca da sua gestão?
Somente me sentirei realizado depois da realização desse concurso. Vai ser uma nova Câmara de Vereadores. Gostaria de ter realizado antes, mas infelizmente não foi possível. A nossa primeira dificuldade foi que no nosso primeiro ano tivemos uma queda de 20% na receita. Tivemos que conter gastos nos últimos anos, e agora, finalmente, poderemos fazer essa seleção.
O senhor comentou anteriormente que existe a necessidade de mudança de prédio, já existe a previsão? Quanto isso irá custar?
Sim, iremos para o prédio da Empresa Olímpica Municipal, na Cidade Nova, inicialmente em janeiro de 2016. Estamos economizando os recursos necessários, temos que nos sacrificar para isso. Mas ainda não temos o custo final. Iremos aproveitar o que já existe ali, é um legado olímpico.
O que será feito com o Palácio Pedro Ernesto, atual sede da Câmara?
Será transformado no Museu da História Política do Rio de Janeiro. Será um local muito interessante.
O que essa mudança representará para os serviços do Legislativo?
Aumentará a qualidade do atendimento à população. A sociedade poderá participar mais dos projetos. Atualmente, não temos salas para as comissões se reunirem, a situação é ruim, e melhorará muito com a nova sede.
Que recado o senhor dá aos futuros candidatos?
Estudem, estudem muito. A Câmara vai buscar os mais qualificados.
O que os futuros servidores encontrarão?
Uma Casa que trabalha sempre em busca do melhor para o Rio de Janeiro, um bom ambiente de trabalho e valorização dos servidores.
